sábado, 12 de junho de 2010

Combinar as especialidades da equipa

Nas fronteiras da especialidade

Quando, numa organização, se está a trabalhar com novas ideias, serviços ou produtos, é necessário fazer escolhas. Salvo raríssimas excepções, as organizações, para um bom funcionamento tem de estabelecer prioridades, mantendo o alinhamento com a estratégia e visão.

Mas isto também não significa que tenho de escolher entre a opção A, B ou C. Provavelmente a melhor opção é desenhar uma nova realçando os pontos fortes das três ou mais à disposição.

A liderança da organização devem procurar as equipas que apresentam melhores condições para uma vantagem competitiva.

A criatividade e a inovação são uma vantagem competitiva.

Daí que importa combinar as equipas de forma a constituir uma equipa adequada ao sucesso. Isso não se faz criando um conjunto de elementos muito homogéneo onde toda a gente está de acordo e a ideias são muito semelhantes.

Isso faz-se procurando a diversidade e a interdisciplinaridade. É nas fronteiras das várias disciplinas de conhecimento que se encontra a maior fonte de riqueza de conhecimento.


“Ao contrário da percepção geral de formação em liberdade como um sistema em que se aplica pressão sobre o cavalo numa área restrita, através de perseguição agressiva com rotura por chicotes e manipulação ao longo de uma cerca ou num curral, essa forma de liberdade de formação baseia-se no instinto inato do cavalo e no seu desejo de base para se comunicar num ambiente de manada. Em vez de forçar o comportamento específico do cavalo, essa liberdade de formação centra-se na língua do cavalo, que é falada através do movimento, não de som; através de contacto com os olhos e do toque. É um ballet de energias compartilhada, que forja uma verdadeira relação de trabalho harmonioso entre cavalo e cavaleiro semelhante à dança, onde a linguagem do corpo e do movimento compatível criam uma ligação forte.” - Carolyn Resnick

Celebre as diferenças entre os membros da equipa.

Se numa equipa combinarmos os diferentes níveis de conhecimento com diferentes atitudes ou perfis de actuação, o resultado pode ser algo surpreendente.

Imagine agora uma equipa onde se encontram um ou mais dos seguintes perfis, que não têm necessariamente de possuir o mesmo background de conhecimento.


1. O Visionário – Uma pessoa capaz de identificar possibilidades futuras (visões) e de recrutar elementos chave para a equipa do projecto.

2. O apresentador de problemas - Uma pessoa que, de um modo ou de outro é capaz de identificar os problemas internos na organização e é capaz de lidar com todas as situações que possam ocorrer na organização do projecto, enquanto o projecto está a ser executado.

3. O iconoclasta - Uma pessoa que não compra todas as ideias acerca do trabalho em equipa ou inovação.

4. O tomador de pulso – Um pessoa capaz de funcionar como um coração num um ser humano. A pessoa tem que ser versátil na sua forma de pensar e é capaz de canalizar o “sangue da vida do projecto” a outras pessoas na organização do projecto.

5. O artesão - Uma pessoa que é capaz de construir protótipos e alavancar com eles para fazer projectos inovadores.

6. O Tecnólogo - Uma pessoa que se dedica ao trabalho com tecnologia e é capaz de lidar com tarefas complexas, descobrir e criar um significado mais profundo.

7. O empreendedor - Uma pessoa que é capaz de trabalhar com ideias, inovação, protótipos e comunicá-las a outras pessoas.

8. O travesti - Uma pessoa que estudou ou trabalhou com uma disciplina totalmente diferente da que trabalha com hoje. Esses indivíduos fazem uso de suas habilidades para vislumbrar novas soluções.

Ao combinarmos atitudes e reservatórios de conhecimento criamos algo de explosivo em termos de criatividade e de motivação (energia).

As equipas de sucesso são as equipas que contribuem com as melhores ideias e contribuem com novos produtos e serviços e portanto, existe uma necessidade na organização de motivar os grupos e criar as condições para a criação de conhecimento.

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