segunda-feira, 24 de maio de 2010

O tempo é um labirinto!

O tempo pode não ser… um labirinto!

Dizem que alguns líderes anotaram ou anotam fazendo a sua retrospectiva, todas as actividades do passado e descobrem que há muito pouco tempo de sobra para o sono. Ao fazer esta revisão os líderes tomam consciência que muitas actividades deveriam ser atenuadas, eliminadas, consolidadas, ou delegadas.

Nunca é tarde para chegar a esta conclusão, mas quanto mais cedo melhor porque o sono não é recuperável e a sua falta não permite um bom equilíbrio.

A atribuição de prioridades às actividades numa determinada escala (por ex: de um a três), sendo uma delas a mais importante e sendo pelo menos três actividades pode ajudar nesta tarefa de não perder horas de sono.

Não sei qual prefiro, se falar de gestão de tempo se de gestão de tarefas ou actividades, mas como o resultado será semelhante consideremos que quando falo de uma pode-se entender também a outra.

Por exemplo um líder, ao delegar, não só está a responsabilizar os seus colaboradores, como está a fazer a gestão do seu tempo e a permitir a gestão do tempo por parte da equipa. Eu gosto da expressão “Não mexam no meu guardanapo!” que pode muitas vezes significar o sentimento de um membro de uma equipa quando vê o seu cronograma ou agenda remexidos.

Um tempo rico, não é o “meu rico tempo”, é aquele onde:

- Não desperdiçamos o tempo das outras pessoas.

- Garantimos que todas as reuniões têm uma finalidade, prazo e, são participadas por todos os que podem contribuir para o sucesso dessa reunião.

- Mantemos calendários precisos e os respeitamos.

- Sabemos quando parar ou acelerar uma tarefa ou procedimento.

- Mantemos as coisas simples. Manter as coisa simples é uma arte acessível a toda a equipa e não necessita de formação específica.

- Garantimos que há tempo reservado para realizar tarefas de alta prioridade ou risco.

- Deixamos de lado tempo para reflexão.


“Conduzir em trilhos consiste geralmente em três momentos distintos. O primeiro deles é o adestramento, em que o condutor e cavalo executam um padrão definido. Esta fase mostra a agilidade do cavalo e a disciplina e apresenta a harmonia entre cavalo e condutor.
O segundo momento é a maratona de eventos ou cross-country. Esta é uma corrida cronometrada, geralmente com cinco fases em que se alternam trotar e andar. O condicionamento do cavalo é um factor importante neste evento, como são dados aos cavalos 10 minutos para controlos veterinários, antes da fase final, para assegurar que o cavalo não foi indevidamente stressado e é capaz de suportar os rigores do sprint final. A fase final envolve os obstáculos e curvas fechadas, testando a agilidade do cavalo e resistência.”
- Horsecentric.com

Quando o líder delega, há naturalmente, por parte dos membros de uma equipa, reciprocidade face à actuação do líder.

Um membro ao definir, com o líder, quais os projectos importantes, está a colocar-se no mesmo fuso horário do líder e do resto da equipa, e tem consciência das implicações que o seu relógio traz para todos.

Tem que existir sincronismo.

Por vezes um qualquer membro da equipa, pretende assumir intenções de despejo de projectos, pelos quais é responsável e, nesse caso, pode colocar em risco outros pré-projectos já aprovados, e cria um constrangimento.

Essa intenção deve ser partilhada.

Os membros da equipa devem estar atentos, sob pena de sobrecarga de tempo, quando aceitam projectos que ninguém quer. Quando um membro diz que sim a um projecto indesejável, e não dialoga, está a assumir uma aceitação tácita de projectos menos queridos.

A colaboração e a partilha funcionam onde existe confiança.

A equipa tem um sentimento de unidade que lhe permite gerir o tempo para as situações morosas e/ou complexas e o líder tem um papel a desempenhar na agenda da colaboração.

Quando ouço a expressão “não tenho tempo” penso que para algumas pessoas, a vida parece ser um labirinto, onde as pessoas procuram o que não têm, o seu tempo, e ficam perdidas quando alguém mexe no que é seu! O seu tempo!

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