quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Papeis e encenações em equipas de trabalho



As vitimas somos nós

Há pessoas que são tratadas como vítimas e outras aceitam esse papel sem grandes contestações.

Há pessoas que através de pressões ou coacção perseguem outras, as vítimas.

E há também pessoas que ostensivamente intervêm para melhorar as situações ou salvar as vítimas.

Estes, são papéis desempenhados em jogos dramáticos e que são assumidos com muito relevo para serem caricaturados.

No nosso dia-a-dia encontramos situações que nos parecem semelhantes, mas não devemos confundir os verdadeiros sentimentos com as encenações que algumas pessoas possam fazer.

Se observarmos, com este quadro presente, perseguidor, vítima e salvador, vamos encontrar na nossa equipa muitos momentos em que, algum membro da equipa, encarna um dos papéis.

Este “drama” real estrutura-se num triângulo e podemos assistir a mudanças de papel seguindo esse triângulo.


“Quando éguas e potros estão no pasto, os potros geralmente fiacm cheios de exercício. Isto, naturalmente, é o caminho ideal para fazer crescer potros. Se existem condições especiais, no entanto, a égua e o potro devem ser mantidos num espaço pequeno, e deve estar previsto um programa de exercícios. Se for necessário, ao potro deve ser dada a sua própria alimentação de grãos.
Um dos acontecimentos mais traumáticos na vida de um potro é a separação da égua. Embora uma variedade de métodos estejam disponíveis para potros no desmame das mães, não parece haver consenso entre os cavaleiros experientes, sobre o melhor método. O melhor tempo ou idade para o desmame dos potros, varia também em função das circunstâncias de cada fazenda particular.”
- foxtrotters.tripod.com

Um dia de trabalho pode, muitas vezes, ser encarado como um drama, mas ao tomarmos consciência de que, podemos ou outros podem assumir estes papéis, o ambiente torna-se mais risonho e menos pesado.

É curioso ver uma vítima de uma situação, “a culpa não é minha”” ou “só sobra para mim!”, de repente evoluir para um papel de “eu bem te avisei!” e logo de seguida “deixa estar que eu resolvo!”

Se tivermos consciência da existência deste triângulo muitos problemas de comunicação são resolvidos, muitas responsabilidades são partilhadas e muitos líderes desenvolvem as suas funções com integridade.

Podemos ser vítimas, perseguidores e salvadores e ainda ser pai ou mãe, adulto ou criança.

Todos estes papéis têm pontos de contacto e interagem com frequência.

Todos nós somos filhos! Nem todos nós somos pais e alguns de nós nunca deixaram de ser crianças, pelo menos em parte!

E ser criança é bom!

A criança faz muitas perguntas e é naturalmente curiosa e criativa. Muitas equipas precisam de actuar, com frequência, como crianças para desenvolverem a criatividade e poderem chegar à inovação.

Quantas vezes os líderes têm de assumir o papel de pais, pela necessidade de proteger? Os membros da equipa estão sujeitos a agressões externas, que só o líder com as suas competências pode defender.

E quando é necessário encarar a realidade com análise e atender às normas, então o papel desejável é o de adulto. As normas são por natureza constrangedoras, contudo os constrangimentos favorecem a criatividade.

Como seres humanos a comunicação é uma das nossas maiores funções básicas.

As inúmeras conversas que temos, durante um dia, com a nossa família, amigos e colegas de trabalho mostram-nos que nem sempre trabalhamos com objectivos positivos, e que, frequentemente entramos em jogos dramáticos, assumindo os papéis descritos em cima.

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